terça-feira, 28 de agosto de 2012
“Por que defendemos o Wikileaks e Assange”
Se Assange for extraditado para os Estados Unidos, as consequências repercutirão por anos, em todo o mundo. Assange não é cidadão norte americano, e nenhuma de suas ações aconteceu em solo norte americano. Se Washington puder processar um jornalista nessas circunstâncias, os governos da Rússia ou da China poderão, pela mesma lógica, exigir que repórteres estrangeiros em qualquer lugar do mundo sejam extraditados por violar as suas leis. O artigo é de Michael Moore e Oliver Stone.
Por Michael Moore e Oliver Stone
Passamos as nossas carreiras de cineastas sustentando que os meios de comunicação norte-americanos são frequentemente incapazes de informar os cidadãos sobre as piores ações do nosso governo. Portanto, ficamos profundamente gratos pelas realizações do WikiLeaks, e aplaudimos a decisão do Equador de garantir asilo diplomático a seu fundador, Julian Assange – que agora vive na embaixada equatoriana em Londres.
O Equador agiu de acordo com importantes princípios dos direitos humanos internacionais. E nada poderia demonstrar quão apropriada foi a sua ação quanto a ameaça do governo britânico, de violar um princípio sagrado das relações diplomáticas e invadir a embaixada para prender Assange.
Desde sua fundação, o WikiLeaks revelou documentos como o filme “Assassinato Colateral”, que mostra a matança aparentemente indiscriminada de civis de Bagda por um helicóptero Apache, dos Estados Unidos; além de detalhes minuciosos sobre a face verdadeira das guerras contra o Iraque e Afeganistão; a conspiração entre os Estados Unidos e a ditadura do Iemen, para esconder a nossa responsabilidade sobre os bombardeios no país; a pressão do governo Obama para que outras nações não processem, por tortura, oficiais da era-Bush; e muito mais.
Como era de prever, foi feroz a resposta daqueles que preferem que os norte-americanos não saibam dessas coisas. Líderes dos dois partidos chamaram Assange de “terrorista tecnológico”. E a senadora Dianne Feinstein, democrata da Califórnia que lidera o Comitê do Senado sobre Inteligência, exigiu que ele fosse processado pela Lei de Espionagem. A maioria dos norte-americanos, britânicos e suecos não sabe que a Suécia não acusou formalmente Assange por nenhum crime. Ao invés disso, emitiu um mandado de prisão para interrogá-lo sobre as acusações de agressão sexual em 2010.
Todas essas acusações devem ser cuidadosamente investigadas antes que Assange vá para um país que o tire do alcance do sistema judiciário sueco. Mas são os governos britânico e sueco que atrapalham a investigação, não Assange.
As autoridades suecas sempre viajaram para outros países para fazer interrogatórios quando necessário, e o fundador do WikiLeaks deixou clara a sua disposição de ser interrogado em Londres. Além disso, o governo equatoriano fez uma oferta direta à Suécia, permitindo que Assange seja interrogado dentro de sua embaixada em Londres. Estocolmo recusou as duas propostas.
Assange também se comprometeu a viajar para a Suécia imediatamente, caso o governo sueco garanta que não irá extraditá-lo para os Estados Unidos. As autoridades suecas não mostraram interesse em explorar essa proposta, e o ministro de Relações Exteriores, Carl Bildt, declarou inequivocamente a um consultor jurídico de Assange e do WikiLeaks que a Suécia não vai oferecer essa garantia. O governo britânico também teria, de acordo com tratados internacionais, o direito de prevenir a reextradição de Assange da Suécia para os Estados Unidos, mas recusou-se igualmente a garantir que usaria esse poder. As tentativas do Equador para facilitar esse acordo entre os dois governos foram rejeitadas.
Em conjunto, as ações dos governos britânico e sueco sugerem que sua agenda real é levar Assange à Suécia. Por conta de tratados e outras considerações, ele provavelmente poderia ser mais facilmente extraditado de lá para os Estados Unidos. Assange tem todas as razões para temer esses desdobramentos. O Departamento de Justiça recentemente confirmou que continua a investigar o WikiLeaks, e os documentos do governo australiano de fevereiro passado, recém-divulgados afirmam que “a investigação dos Estados Unidos sobre a possível conduta criminal de Assange está em curso há mais de um ano”. O próprio WikiLeaks publicou emails da Stratfor, uma corporação privada de inteligência, segundo os quais um júri já ouviu uma acusação sigilosa contra Assange. E a história indica que a Suécia iria ceder a qualquer pressão dos Estados Unidos para entregar Assange. Em 2001, o governo sueco entregou à CIA dois egípcios que pediam asilo. A agência norte-americana entregou-os ao regime de Mubarak, que os torturou.
Se Assange for extraditado para os Estados Unidos, as consequência repercutirão por anos, em todo o mundo. Assange não é cidadão norte americano, e nenhuma de suas ações aconteceu em solo norte americano. Se Washington puder processar um jornalista nessas circunstâncias, os governos da Rússia ou da China poderão, pela mesma lógica, exigir que repórteres estrangeiros em qualquer lugar do mundo sejam extraditados por violar as suas leis. Criar esse precedente deveria preocupar profundamente a todos, admiradores do WikiLeaks ou não.
Invocamos os povos britânico e sueco a exigir que os seus governos respondam a algumas questões básicas. Por que razão as autoridades suecas se recusam a interrogar Assange em Londres? E por que nenhum dos dois governos pode prometer que Assange não será extraditado para os Estados Unidos? Os cidadãos britânicos e suecos têm uma rara oportunidade de tomar uma posição pela liberdade de expressão, em nome de todo o mundo.
(*) Artigo publicado originalmente em português em Outras Palavras.
Tradução: Daniela Frabasile
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Gore Vidal en Cuba: la entrevista con Cubadebate
Murió Gore Vidal:
Incluimos entrevista que concediera a Cubadebate en el 2006
1 AGOSTO 2012
Gore Vidal en Cuba,
durante la entrevista con Cubadebate
Gore Vidal, escritor,
dramaturgo, político y analista, ha fallecido en Los Angeles a los
86 años, según ha informado su sobrino. Sus novelas, ensayos, obras
de teatro y opiniones estuvieron siempre marcadas por su ingenio y
una sabiduría no convencional e inmodesta. De acuerdo con la
agencia AP, Gore Vidal falleció en su casa en Hollywood Hills este
martes sobre las 18:45 (hora local) por complicaciones de neumonía,
según Burr Steers. Vidal vivía solo en su casa y llevaba “bastante
tiempo” enfermo. Junto con
contemporáneos suyos como Norman Mailer o Truman Capote, Vidal
formaba parte de un generación de escritores literarios que también
eran auténticos opinadores en talk shows y en las columnas de
opinión. Cubadebate reproduce
una entrevista que le hizo a Vidal la editora de este sitio, Rosa
Miriam Elizalde, durante la visita que el genio de las letras
norteamericanas realizara a Cuba en octubre de 2006:
“Tengo celos de Cuba”, dice Gore Vidal
Por Rosa Miriam Elizalde
Estuvo en Cuba cinco días. Siguió un programa delirante que lo llevó de la Universidad de Ciencias Informáticas a la Escuela Latinoamericana de Medicina, de la Colina universitaria a la Escuela Nacional de Ballet, de La Habana Vieja al parque que recuerda a John Lennon con una réplica en bronce del director de los Beatles, sentado en un banco como un buen hijo de vecino. En un respiro de una hora, Gore Vidal accede a conversar con este diario. El más erudito escritor estadounidense de su generación y el más corrosivo crítico de la actual administración republicana, no habla, sino interpreta lo que dice. Modula la voz y aparecen George W. Bush, Eisenhower, F. D. Roosevelt, algún oscuro oficial del Pentágono y hasta el propio Gore Vidal, burlándose de todos ellos, con la ironía emboscada en un rostro que desmiente sus 81 años recién cumplidos. Le interesa más ser recordado como historiador que como autor de ficción. Aunque sus obras fácilmente triplican su edad -en su bibliografía hay novelas, tragedias, comedias, memorias, ensayos, guiones de cine y de televisión-, su obsesión es una sola: el extravío de la República. «El principal trozo de sabiduría que aprendí de Thomas Jefferson, y este de Montesquieu, es que no se puede mantener una República y un imperio al mismo tiempo. Desde 1846, en guerra con México, somos imperialistas rapaces».
-¿Cuándo despierta la conciencia antiimperialista de Gore Vidal?
-Francamente, yo creía que nuestro esfuerzo expansionista había terminado en 1898. Que era apenas un paréntesis entre 1846 y 1898, cuando destrozamos al Imperio español y tomamos el Caribe y las Filipinas, que era lo que verdaderamente queríamos. Habíamos terminado vencedores en la Segunda Guerra Mundial. Conquistamos a Alemania y a Japón. Ocupamos ambos países -cada uno un mundo, y no simplemente una nación. Éramos los dueños del primer imperio global y se lo debíamos también a otro Roosevelt imperial, Franklin Delano, que sabía muy bien lo que hacía. Quería destruir al colonialismo europeo donde estuviera, y en compensación a sus «esfuerzos», los Estados Unidos recibían el mandato de «cuidar» a los países «liberados», como a él le encantaba decir. Eso nos metió formalmente en el negocio de Imperio.
«En Guatemala tuve una gran amistad con Mario Monteforte Toledo, escritor, vicepresidente de la nación y presidente del Parlamento de su país durante el gobierno de Juan José Arévalo. Yo vivía en Antigua y él venía de vez en cuando a verme, a mi casa. Un día me dijo: “no nos queda mucho, ¿sabes?”. “¿De qué me hablas?”, le respondí. “Tu gobierno ha decidido intervenir en Guatemala”. Y yo no daba crédito: “Oh, mira, acabamos de derrocar y tomar a Alemania y a Japón, ¿qué vamos a hacer con Guatemala? No tiene sentido. No vale la pena”. Respondió: “Sí vale la pena para la United Fruit Company, que no quiere pagar un mínimo impuesto por nuestros plátanos, que venden en el mundo entero, mientras nosotros no ganamos nada. Ella es la que controla las relaciones entre los dos países». Fue mi primera lección de política hemisférica.
«Sabía del imperialismo yanqui, pero creí que esto era una exageración de mi amigo. Mientras tenía lugar esa conversación con Mario, Henry Cabot Lodge Jr. -el hijo de Henry Cabot Lodge que había sido senador por Massachussets y uno de los más entusiastas partidarios de la conquista de Filipinas-, llamaba al Presidente (Dwight David) Eisenhower para soplarle al oído las palabras mágicas: Arévalo y su grupo en Guatemala son “comunistas” y van a ocupar las tierras de la United Fruit. La historia posterior es conocida: forzaron a Arévalo a irse y luego intervinieron, en 1954. El gobierno electo de Jacobo Arbenz, elegido por voto popular, fue derrocado por el embajador norteamericano John Peurifoy, e impusieron al general Carlos Castillo Armas. De ahí en adelante, los Estados Unidos garantizaron a sus guerreros en el gobierno y un baño de sangre a los ciudadanos guatemaltecos. Mark Twain tenía toda la razón cuando dijo, después de la intervención de los Estados Unidos en Filipinas: “las barras y las estrellas de la bandera norteamericana deberían ser reemplazadas por el símbolo de Jolly Roger, la calavera sobre dos tibias cruzadas. Llevamos la muerte a donde quiera que vamos”».
REPÚBLICA BANANERA
-En su novela La Edad
Oro usted asegura que Franklin Delano Roosevelt pudo haber evitado el
ataque a Pearl Harbor, que sacó a los norteamericanos de su pacífico
aislacionismo y decidió la entrada de los EE.UU. en la guerra.
¿Hasta qué punto eso fue así?
-Las naciones, como los individuos, tienden a seguir determinadas recetas. Si un plan que tienen en la cabeza funcionó una vez, quizá funcione de nuevo. Cada vez que un presidente es asesinado, la primera conclusión es que lo hizo un «asesino enloquecido y solitario», por pura maldad. Jamás se ofrece un por qué, una razón, un motivo. Y no lo hacen, porque quizá pudiéramos enterarnos entonces de los oscuros entretelones de la política, y al pueblo estadounidense nunca se le habla nada de política.
«Roosevelt,
probablemente con la mejor voluntad del mundo, vio que Hitler era
peligroso no solamente para Europa, sino a largo plazo también para
los Estados Unidos. Éramos, al fin y al cabo, un poder mercantil.
Comerciábamos. Con Hitler encargado de Europa la vida sería muy
difícil para nosotros. En 1940, el 80 por ciento de los
estadounidenses (entre ellos yo) nos oponíamos a que nuestro país
se involucrara en la guerra en Europa. Pero Roosevelt tomó la
ofensiva. Él fue nuestro gran Maquiavelo. Sabía, mejor que
cualquier otro presidente anterior, cómo funcionaba el mundo. Estaba
plenamente consciente de que el hundimiento de nuestros barcos nos
había empujado a la guerra contra Alemania en 1917, pero eso no
sería suficiente en 1941. Necesitaba un trauma de importancia que
decidiera a los norteamericanos por la guerra. Por tanto, provocó
deliberadamente a los japoneses para que nos atacaran el 7 de
diciembre de 1941 en Pearl Harbor.
«Fue un plan brillante y funcionó. Los japoneses acababan de firmar un acuerdo con Alemania e Italia, la Alianza Tripartita. Si alguien atacaba a uno de los tres, los otros dos vendrían en su defensa. No era una alianza que garantizara apoyo ante planes de agresión, y Roosevelt tenía bajo un cerco a los japoneses, que habían ocupado la Manchuria, después de históricos intentos de ocupar China. Desde 4 000 millas de distancia, el Presidente norteamericano dio un ultimátum a los japoneses: salgan de China. “Si no se van de ahí, no le vendemos más chatarra y le cortamos la bencina”, en particular el combustible que Japón necesitaba para sus aviones y sus buques de guerra.
«La reacción de Japón fue lógica, dar un gran golpe que pusiera a los norteamericanos a pensar por un rato en otra cosa que no fuera China. Atacarían y hundirían la flota estadounidense en Pearl Harbor. Creían que los Estados Unidos tardarían más de un año en construir otra flotilla. Ellos podrían entonces ir hacia el sur, a Java y a Sumatra, y tomar los campos petroleros holandeses, Singapur, Malasia y todo lo que apareciera por el camino. Japón no tenía idea de la velocidad en que podíamos rearmarnos. Roosevelt sí lo sabía. Fuimos una gran potencia industrial -cosa que ya no somos. Las primeras señales de ese poder habían sido los automóviles ensamblados en línea y las plantas de acero. Podíamos hacerlo todo muy rápido. Sacamos miles de bombarderos B-17, verdaderas fortalezas volantes que ganaron la Segunda Guerra Mundial para los Estados Unidos».
-Usted fue un observador privilegiado de ese período previo a la guerra.
-Yo me crié en Washington D.C. en la época del gobierno de Roosevelt, que salió elegido cuatro veces como Presidente -toda una marca. Recuerdo los largos recesos del verano en esa edad dorada. El calor era tan grande que el gobierno entero se iba de la ciudad. No hemos tenido tanta paz y prosperidad desde que el gobierno de los Estados Unidos se iba de vacaciones. En los años 40, el desempleo se acabó. Franklin Delano Roosevelt era ambicioso e imperial pero sacó al país de la depresión económica. Todos estaban contentos por primera vez en años y el Presidente aprovechó la coyuntura para invertir 8 mil millones de dólares en el rearme de los Estados Unidos. Nos pusimos directamente en el camino de construir la más grande máquina de guerra del planeta, que luego se convirtió en nuestra maldición.
-Culpa a Harry Truman
de convertir a los EE.UU. en el país totalitario que hoy es, una
opinión que no parecen compartir muchos norteamericanos. George W.
Bush acaba de decir, por ejemplo, que el hombre que lanzó las bombas
sobre Hiroshima y Nagasaki fue un buen Presidente.
-Recuerde algo: la
mayoría de los norteamericanos no tienen información sobre la
historia, la geografía y lo que pasa en el mundo. Roosevelt hizo
todos los arreglos para que pudiéramos arrancarles las colonias a
Francia, Holanda y Portugal, después de la Segunda Guerra Mundial.
Los estadounidenses todavía no se han enterado de esto. Lo que saben
de Truman es que era un hombre pequeñito y bonachón, que tocaba el
piano. No sabía nada de nada. Detrás de él estaba un Príncipe
Metternich, el secretario de Estado Dean Acheson, abogado
internacional que sabía de todo. Fue él quien diseñó el estado
militarizado que emergió a partir de 1949 con Harry Truman, con la
CIA incluida. Todo giró en torno a un documento: el Memorando número
68 de 1950, del Consejo de Seguridad Nacional, que se mantuvo secreto
hasta 1975 y resolvía estar perennemente en guerra contra alguien.
Íbamos a luchar contra el comunismo donde quiera que se encontrara
sobre la Tierra, aunque este no nos amenazara. Establecía de facto
una guerra santa, como la que ahora tenemos contra el terrorismo y el
Islam, igual de estúpida e igual de irrelevante.
«Pero fíjese qué
ironías tiene la historia norteamericana. El hombre que debió haber
tomado la presidencia en 1945 era Henry Wallace, un hombre opuesto a
la Guerra Fría, que fue vicepresidente con Roosevelt. Sin embargo,
este sustituyó a Wallace en la vicepresidencia por Harry Truman, un
hombre salido de la nada, un derechista sureño de Missouri, que
tomaría finalmente el poder, cuando muere Roosevelt el 12 de abril
de 1945.
«De modo que
terminamos con un terrible presidente al frente del gobierno. Era tan
malo que lo convirtieron en un ídolo. Todos los ignorantes admiran a
Harry Truman, y no saben por qué. Él terminó con la República y
nos colocó en esta ola de conquista. Truman le gritaba a la gente
que la Unión Soviética estaba avanzando. Que estaban a punto de
tomar Grecia y que inmediatamente después iban a Italia, y entonces
a Francia, y luego cruzarían el Atlántico. Escuchamos los ecos de
Truman en este pequeño hombrecito de ahora, el señor Bush quien
dice (imitándolo): “Tenemos que luchar contra ellos allá, o de lo
contrario tendremos que combatirlos a ellos aquí…”. Y tales
enemigos no tienen manera de llegar a los Estados Unidos para empezar
una guerra. Pero ningún estadounidense puede poner en duda semejante
delirio, sin que le pongan la etiqueta de anti-patriota o de tonto».
-«El atentado
terrorista ocurrido en Oklahoma en 1995 se explica según leyes de la
Física: no hay acción sin reacción». Son sus palabras. Aludía al
odio que ha sembrado Estados Unidos en el mundo y en su propio país.
¿Era una profecía?
-No conectaría este
hecho con lo que ocurrió el 11 de Septiembre, al menos no
directamente. Sabemos ahora que Timothy McVeigh no estaba solo, que
había más gente involucrada. La administración Clinton -un
gobierno muy norteamericano en el mejor sentido de la palabra-
redactó regulaciones dacronianas sobre el terrorismo, simplemente
para exorcizar el fantasma de Timothy McVeigh. Cuando ocurrió el
atentado del 11 de Septiembre, sacaron de la gaveta estos papeles y
los activaron todos. Esa es la Ley Patriota, que prácticamente ha
anulado todas nuestras sagradas libertades.
«Hasta un niño de
cinco años podría darse cuenta de que la solución a los ataques
terroristas es simplemente policial. Fuimos atacados por una mafia.
No puedes tener una guerra sin un país contrincante. Trate usted de
explicar esto a los estadounidenses: ni siquiera saben lo que es un
país. Han logrado que el 80 por ciento de ellos todavía no se haya
enterado de que Saddam Hussein no es precisamente el mejor amigo de
Osama Bin Laden. Creen que funcionan como una misma persona y que
ambos nos atacaron el 11 de Septiembre. Todo es una gran bobería. No
había conexión ninguna entre Saddam y Bin Laden, pero Bush quería
completar el trabajo de su padre y mostrar que él era el más audaz
de los dos. Quería ser recordado como el “Bush de Bagdad”, algo
así como un Lawrence de Arabia».
-Esta semana, una
encuesta de CBS registraba que el 75 por ciento de los
estadounidenses desaprueban la gestión del gobierno en Iraq,
mientras bajaba a niveles históricos el índice de aceptación del
Presidente. ¿Será Bush el mandatario más odiado de la historia de
Estados Unidos?
-Cuando dije que no era
profeta, eso no quiere decir que no puedo de vez en cuando adivinar
lo que va a suceder. Los neo-conservadores -la palabra que se
utilizaba antes para referirse a ellos era fascista- querían todo el
poder para que la Junta de Gas y Petróleo tuviera las manos libres y
así enriquecer más a sus corporaciones y manipular la Constitución,
a tal punto que esta no tenga sentido. Querían el poder supremo y lo
tuvieron, con otra circunstancia a su favor: nosotros elegimos un
Presidente inofensivo para ellos; un verdadero tonto, literalmente un
tonto.
«Si el pueblo
estadounidense hubiera tenido una verdadera prensa libre y unos
medios de comunicación alertas, jamás este hombre habría sido
electo. Es un ser incompetente. Ya tuvimos muchos presidentes bobos,
pero Bush ni siquiera sabe leer bien. Al menos en esto es
representativo. Lo escuchas hablar por diez minutos y es claro que no
sabe lo que está diciendo. Está desesperado tratando de seguir las
líneas del teleprompter. Sin alguno de sus consejeros al lado, no
puede responder preguntas.
«Desde que Woodrow
Wilson dejó el despacho oval en 1921, ningún presidente ha escrito
sus propios discursos. El presidente lee lo que otros escriben. A
veces está de acuerdo; a veces, no. Eisenhower leía sus discursos
haciendo todo un descubrimiento. Durante su primera campaña
electoral, el país se quedó asombrado cuando él, a mitad del
discurso, dijo: “y si resulto elegido, iré a… ¡¿Corea?!”
Estaba furioso. Nadie la había comentado nada antes de aquella
promesa. Pero de todas formas, fue a Corea.
«Si tuviéramos unos
medios de prensa interesados en la República y no en las ganancias,
la historia habría sido diferente. Hay alguna esperanza. Después de
todo Albert Gore ganó la elección en el 2000 por el voto popular,
con 600 000 votos más que Bush. La intervención de la Corte Suprema
y el truco en el conteo de los votos falsificaron el resultado de las
elecciones. Nos convertimos de la noche a la mañana en una república
bananera, sin bananas que vender. Ese es nuestro mayor problema
ahora».
-Recientemente, Fidel
afirmó que el gobierno de Bush ha conducido a su país «a un
desastre de tal magnitud que, casi con seguridad, el propio pueblo
norteamericano no le permitará concluir su mandato presidencial».
¿Lo cree usted?
-No me extrañaría. La
administración Bush es tan extremista y hay gente ahí con las
mentes tan vacías que serían capaces de comenzar a bombardear a
Rusia, a Irán…, simplemente para desviar la atención de la otra
guerra y para que el gobierno no se desmorone antes de tiempo. Ellos
son expertos en fabricar los pretextos para crear el pánico.
«Dos días después
del 11 de Septiembre alguien en el gobierno dijo: “el problema no
es si atacarán de nuevo, sino cuándo”. Ahí fue donde comenzó
toda esta tontería. Cuando les recordamos que han pasado ya cinco
años y no nos atacan, responden: “¡es por las precauciones que
hemos tomado en los aeropuertos!” Y dicen (Gore Vidal con expresión
y voz de terror): “…tampoco a nosotros nos gustan estas
precauciones, porque tenemos que quitarnos los zapatos en el
aeropuerto. ¡Pero son esas medidas las que nos han salvado de los
ataques!” Bueno, si es así, pruébelo. “¡Es que no lo podemos
probar sin revelar nuestras fuentes secretas!”, responden. Es un
círculo vicioso.
«Espero que los
demócratas que ahora toman posiciones de presidentes de comités
legislativos, especialmente el judicial, lleven a estos generales al
Congreso, los pongan bajo juramento y los hagan responder seriamente
nuestras preguntas.»
-¿Qué es necesario
para restaurar la República?
-Recuperar la gran
advertencia de Franklin Delano Roosevelt, nuestro mejor presidente,
en el discurso inaugural de su mandato, cuando el país colapsaba, el
dinero escaseaba y los bancos quebraban. Él dijo (imita a
Roosevelt): “We have nothing to fear but fear itself” (No tenemos
nada que temer, salvo al propio miedo.) Esa es la base de nuestra
República. Le diría al pueblo norteamericano: no te dejes engañar
por el miedo. Hay mucha gente en los Estados Unidos que gana dinero
gracias al temor. Ese es su trabajo: asustarte.
«No estoy a favor de
una revolución violenta ahora, porque suelen traer lo opuesto de lo
que buscaban. La Revolución francesa le dio al mundo a Napoleón
Bonaparte y Luis XVI no era tan malo como él. Pero creo que en los
Estados Unidos vamos a tener una debido al colapso económico.
«En estos días uno de
los grandes titulares decía que el ejército le rogaba al gobierno
que le diera dinero. ¡No tienen suficiente dinero para seguir
haciendo el ridículo en Bagdad! Van a recaudar el dinero como sea, y
no a costa de los ricos. Los ricos no tienen la obligación de pagar
impuestos. Tampoco las corporaciones. Antiguamente el 50 por ciento
de los ingresos de los Estados Unidos venían de los impuestos a las
ganancias corporativas. Ahora pagan menos del 8 por ciento. Han
liberado a todos sus amigos ricos de pagar impuestos para que hagan
donaciones al Partido Republicano, con el compromiso de que éste
seguirá diciendo mentiras al país y certifique que los patriotas
son traidores. Ha sido un magnífico truco desde el punto de vista
económico para ellos, pero un malísimo plan para nosotros, los
estadounidenses. Y no nos gusta. Perdimos el Bill of Rights (Carta de
los Derechos fundamentales) y la Carta Magna, en la cual se
sustentaron todas nuestras libertades por más de 700 años. No, no
ha sido esta ni será una época divertida».
TENEMOS UNA CRISIS DE
DERECHO
-En sus memorias ha
contado que John Kennedy le habló de los planes de la CIA para
asesinar a Fidel y que la relación con los cubanos extremistas se
convirtió en una pesadilla para él y para su hermano Robert. ¿Están
vinculados estos grupos en la muerte de los dos hermanos?
-Jack (John) Kennedy
perdió su vida por eso. Hay evidencias de que el asesinato de
Kennedy lo cometió la mafia de Nueva Orleans y que en el crimen de
Dallas estuvo involucrado un hombre llamado Carlos Marcello, que
también trató de matar a Bobby Kennedy. Marcello fue un capo de los
casinos en La Habana, amigo de Meyer Lansky y Santos Trafficante, que
manejaba la mafia en Tampa, Florida. En una grabación del FBI,
Trafficante dice: «Tenemos que deshacernos de Bobby». Marcello le
dijo en septiembre de 1962 al investigador privado Edward Becker que
un perro continuaría mordiéndote si le cortas su cola (refiriéndose
al Procurador General de la República, Robert Kennedy), mientras que
si le cortas la cabeza al perro (el Presidente John Kennedy) dejaría
inmediatamente de molestar. Fue la sentencia de muerte para Jack.
Robert Kennedy nunca investigó la muerte de su hermano por temor a
verse involucrado en turbios asuntos en los que estaban entrelazados
los cubanos de Batista y la mafia.
-¿Qué influencia cree
que han tenido los cubano-americanos de Miami en las decisiones del
gobierno norteamericano en los últimos 40 años?
-Ellos llegaron a tener
una enorme influencia en el país, y creo que esta es mucho menor
ahora. Desde el principio, la Florida ha sido muy corrupta, desde los
días de la Confederación. Si a eso le añades un montón de
enojados seguidores de Batista, la situación allá empeoró con
gente que tenía mucho dinero o se hicieron de muchísimo dinero. Se
podía contar con ellos para apoyar cualquier cosa que sirviera para
odiar más al Presidente Castro y para odiar lo que se estaba
haciendo en la Cuba moderna.
«La Florida es un lugar perfectamente situado para que recale ahí cualquier demagogo que busque el apoyo de gente con mentalidad batistiana o de cualquiera que quiera luchar contra el comunismo. Los norteamericanos no están preparados para entender que han recibido por décadas una información distorsionada de su propio gobierno y de los medios que trabajan con el gobierno. Por eso, la Florida es uno de de los primeros lugares a donde van los candidatos a buscar votos. Es menor ahora la influencia de estos grupos extremistas, pero los neoconservadores saben que pueden contar con ellos.
«La Florida es un estado grande, un estado clave, con colegio electoral, que a veces decide las elecciones. A eso se suma la complicada maquinaria del siglo XVIII, que nos impide tener una democracia. A nuestros próceres no les gustaba la democracia. No me canso de repetir eso, y nadie me escucha, porque la prioridad es que le llevemos la “democracia” a Iraq y a todos los pobres países que la añoran».
-¿Está al tanto del
caso de los cinco cubanos presos en Estados Unidos, por informar al
gobierno de la Isla de planes terroristas en el sur de la Florida?
-Conozco el caso a
través de los abogados, pero no por lo medios. Parece ser otra de
las cosas idiotas que está haciendo nuestro gobierno. Tengo
entendido que el Presidente Clinton y el Presidente Castro
intercambiaron mensajes para detener a los terroristas de Miami, que
habían puesto bombas en hoteles y en oficinas que enviaban turistas
a la Isla. Los dos presidentes estaban de acuerdo con que esta
situación debía ser detenida. Clinton le pidió al FBI que viniera
a Cuba y Castro estuvo de acuerdo con eso. En vez de apresar a los
terroristas, el FBI arrestó a los cubanos.
«Nos encanta
encarcelar a la gente, tanto como nos gusta la pena de muerte. Es la
estrella más brillante de nuestra diadema. Tenemos un país loco por
la tortura, por el asesinato, por las ejecuciones, por las sentencias
a cadena perpetua. Es una mentalidad perversa, que está en el
trasfondo del puritanismo protestante. Todos tienen que sufrir, si
han pecado. Pero si uno es rico, Dios te ama. Esa es la prueba. Si
uno es pobre, no le caes bien a Dios. Esa es la prueba. Semejante
forma de pensar no es saludable para nadie, y en el estado de la
Florida hay muchas personas que piensan así, además de los que
llegaron con Batista.
«Así que los Cinco
-”The Cuban Five”, que es como se les conoce en los círculos
legales de los Estados Unidos- están presos, cumpliendo cadenas que
parecen eternas por haber obedecido a dos presidentes: uno de aquí,
de la Isla, y otro, de Estados Unidos. Dos Presidentes que quisieron
evitar que terroristas locos siguieran poniendo bombas y matando a
civiles inocentes.
«La Junta que los
apresó y los condenó, lo hizo sabiendo muy bien las consecuencias.
La Junta de Gas y Petróleo Bush-Cheney no es tan estúpida como
parece. Hace cosas malvadas, porque es así como mantiene todo bajo
control. No creas que no aprendieron de las dictaduras del siglo XX.
El caso de los Cinco es una prueba más de que tenemos una crisis de
derecho, una crisis política y una crisis constitucional.
-Oliver Stone ha sido
sancionado por el Departamento del Tesoro de Estados Unidos por
violar el bloqueo contra Cuba. Su delito es haber viajado a la Isla
para realizar sus dos documentales sobre Fidel. ¿Es constitucional
este tipo de medidas?
-Por supuesto que no.
Es una violación. Pero el 11 de Septiembre hubo un golpe de Estado
en los EE.UU., el primero en nuestra historia. Un golpe en el cual un
grupo de gente deshonesta de una Junta petrolera usurpó el poder del
Estado y tiró abajo el Congreso. Es un hecho único y los detalles
conformarán algún día una gran historia. Esto es algo que el
pueblo no acaba de comprender, porque los norteamericanos tienen una
mentalidad muy simple: lo que no conocen o no han visto previamente,
no existe. Bueno, lo viven ahora in situ, pero lo descubrirán algún
día como arqueólogos y no será nada agradable. Las sanciones
contra los norteamericanos que quieren una relación normal con Cuba
son hijas de estas circunstancias. Pero Oliver Stone -y cualquier
otro ciudadano norteamericano- tiene todo el derecho de hacer
cualquier película que quiera en cualquier circunstancia, mientras
no haya violado ninguna ley. Es su derecho constitucional. Él no ha
violado la ley. Lo que ocurre es que a la Junta no le gusta lo que él
hace: ¡oh, my goodness! (¡Oh, Dios mío!)
-¿Teme que pueda haber
alguna represalia contra usted?
-Suelo estar preparado
para que no guste nada de lo que haga, diga o escriba sobre ese
gobierno.
-Lleva usted varios
días en La Habana. ¿Es Cuba la Isla satánica que la prensa y los
políticos muestran a los norteamericanos?
-¿Estás loca? ¡No!
Nos dicen siempre que los cubanos detestan estar aquí. Que todos se
mueren de hambre. Sacan esos cuentos que dicen que los hospitales son
terribles y que nadie acude a ellos. Que los cubanos que se enferman
van a la clínica Mayo en Estados Unidos. No hay mentira que nuestro
gobierno no nos cuente cuando habla de Cuba. En Estados Unidos, la
mentira es la lengua franca de la nación.
«¿Sabe por qué voy a
la televisión? Porque siento que habrá alguien que me vea y me
escuche y al que le puedo hablar de lo que he visto, sin
intermediarios tendenciosos. Puedo hablarles, por ejemplo, de los
maravillosos planes médicos de Cuba. Visité una escuela de
medicina, que se dedica a preparar médicos de muchos países para
que brinden servicios comunitarios a los pobres, algo que el sistema
estadounidense odia. La Medicina en Estados Unidos se aprende para
agarrar todo el dinero que puedas y fugarte a Tahití, o a otro lugar
de vacaciones, y olvidarte de la gente que sufre.
«Estuve conversando
con 8 o 9 norteamericanos de Nueva York y Massachussets, que estudian
Medicina en Cuba. Les pregunté si la preparación que recibían era
tan buena como me habían dicho, y me respondieron que sí, que es
mejor que cualquiera que pudieran obtener en EE.UU. ¿Por qué no
hacemos nosotros lo mismo por nuestra gente y por la salud de otros
pueblos? Los médicos cubanos están en los lugares más olvidados,
desde África hasta la jungla amazónica. Solamente si reponemos la
Constitución, podríamos tener un país con aspiraciones y con
éxitos como los de Cuba. No crea que no me siento celoso como
norteamericano con lo que he visto en Cuba. Yo soy un gran patriota y
tengo celos».
-¿Volverá?
-Jamás hago
predicciones.
fim
Um passo histórico para a integração continental
Entrada da Venezuela torna Mercosul a quinta maior economia do mundo. Presidentes do bloco exaltam o ingresso. Segundo Dilma, inicia-se uma nova etapa. “Considerando os 4 países mais ricos do mundo, EUA, China, Alemanha e Japão, o Mercosul somado é a 5° força”, destacou. Para Chávez, Venezuela tem sua maior oportunidade em 200 anos.
Por Vinicius Mansur, no Carta Maior
Data: 01/08/2012
Brasília - No exercício da presidência pro tempore do Mercosul até dezembro deste ano, coube ao Brasil coordenar a cúpula extraordinária do bloco, nesta terça-feira (31), que celebrou a entrada de seu quinto membro, a Venezuela. “Estamos conscientes que o Mercosul inicia uma nova etapa”, disse Dilma Rousseff.
A presidenta afirmou que a entrada venezuelana tem significado histórico por marcar a primeira ampliação do bloco desde a sua criação em 1991, por estendê-lo da Patagônia até o Caribe e por incrementar a economia do Mercosul. “Considerando os 4 países mais ricos do mundo, EUA, China, Alemanha e Japão, o Mercosul somado é a 5° força”, destacou.
De acordo com dados do Itamaraty, entre 2001 e 2010, o comércio da Venezuela com os países do Mercosul aumentou mais de 7 vezes, passando de cerca de US$ 1 bilhão para US$ 7,5 bilhões. Com a entrada do país caribenho, o Mercosul representatá 70% da população da América do Sul (270 milhões de habitantes), 83,2% de seu PIB (US$ 3,3 trilhões) e 72% de seu território (12,7 milhões de km²).
Para o presidente venezuelano, Hugo Chávez, a entrada de seu país no Mercosul o fazia recordar a primeira eleição de Lula à presidência do Brasil, pois ambos episódios “aceleraram a história” e marcaram um novo período de integração entre os países do continente. Em sua chegada a Brasília, inclusive, Chávez, havia afirmado que gostaria de ver o Mercosul englobando mais países, como Equador e Bolívia.
Do ponto de vista econômico, Chavéz disse que a entrada da Venezuela no Mercosul significa “a maior oportunidade histórica que em 2o0 anos apareceu no horizonte”, sobretudo para ajudá-los em um de seus grandes objetivos: diversificar o modelo econômico extremamente dependente do petróleo e “imposto durante todo o século XX”. “Não houve um só governo que tivesse pretendido de alguma maneira desenvolver um projeto nacional, independente, que não fosse derrubado. Todos foram, incluindo o nosso, só que por três dias, graças a resposta popular e das Forças Armadas”, sustentou.
Em um discurso profundo, o presidente do Uruguai, José Mujica, recordou a mentalidade colonial que orientou a política externa dos países da América do Sul durante séculos e a dívida social dela advinda. “Esse é o preço que pagamos ao longo de nossa história porque vivemos muito tempo olhando para o resto rico e sem olharmos entre nós”. Mas, chamou atenção para o momento especial vivido na região. ”Existe vontade política de integração, como nunca teve globalmente a América do Sul. Eu repito: como nunca teve! (...) E temos que ser conscientes: agora ou nunca!”, orientou.
Exemplificando a fala de Mujica, a presidenta argentina, Cristina Kirchner, recordou que em seu país um chanceler dizia “para que ser sócio dos pobres podendo ser sócio dos ricos?”. Para evitar retrocessos e para proteger-se da crise economia internacional, Cristina apontou como tarefa urgentea criação de instrumentos e instituições “que tornem indestrutíveis e indivisíveis esse novo pólo de poder” configurado no Mercosul.
Paraguai
Durante seu discurso na Cúpula, Dilma ratificou que a suspensão do Paraguai se deu exclusivamente pelo “compromisso inequívoco com a democracia” e que as possibilidades de retaliações econômicas que possam causar prejuízo ao povo paraguaio estão afastadas. A presidenta disse ainda que espera que o país normalize sua situação institucional interna para assim reaver seus direitos plenos.
Acordos
Ainda nessa terça-feira (31), alguns acordos bilaterais e negócios foram firmados. Entre eles está a venda de seis jatos modelo 190, por US$ 270 milhões, pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) para o Consórcio Venezuelano de Indústrias Aeronáuticas (Conviasa). O contrato prevê ainda a opção de compra pela estatal venezuelana de mais 14 aeronaves, chegando a um preço total de US$ 900 milhões.
Já a Argentina assinou com a Venezuela um compromisso de aliança estratégica entre as petrolíferas YPF e PDVSA. Sem maiores detalhes, Chávez afirmou que o acordo permitirá a YPF explorar as jazidas venezuelanas da Faixa do Orinoco e permitir que a PDVSA continue com sua presença na Argentina.
FIM
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